Bom dia, nobres e raros acompanhantes.
Esses dias eu estava dando uma fuçada numas coisinhas e achei um disco que não ouvia fazia muito tempo. Não ouvia, mas muita coisa desse disco não sai da minha cabeça desde o dia que ouvi a primeira, segunda, terceira, quarta vez...
Pois como o título do post diz, o disco é o grandiosamente minimalista 'Bright Size Life' do genial guitarrista Pat Metheny.
[Já começou arrebentando]
Engraçado que sempre existem discos que a gente ouve um milhão de vezes e não enjoa. Não enjoa porque sempre tem alguma coisa "nova" pra se escutar. Sempre ouvimos uma nuance, uma dinâmica, uma frase, um detalhezinho que seja pra refrescar os ouvidos e fazer a gente ouvir o disco mais uma vez, e depois mais uma... E não é diferente desse disco.
Uma das coisas mais bacanas de BSL é, além das performances de Pat, Jaco e Bob, a simplicidade das coisas, provando mais uma vez que o Jazz também pode ser simples, bonito e singelo.
Bright Size Life não tem nada mais que um trio arrebentando tudo, a única coisa que tem a mais é uma base de acordes feita pelo próprio Pat, de resto é dinâmica, sentimento e entrega, muita entrega.
Ta certo que o disco é do grande Pat Metheny e o baixista é o gênio absoluto Jaco Pastorius, mas naquela época, ambos tinham, como diria Fábio Júnior, 20 e poucos anos.
Engraçado foi que o disco, na época, não fez o sucesso ou causou o impacto que causa hoje.
Palavras do próprio Pat sobre BSL
Moderado!
Em resumo, o que ele diz é que o disco fez um sucesso 'moderado', as críticas foram 'moderadas', e todos achavam o disco 'moderado'.
Mesmo o disco tendo uma unidade musical, isto é, uma personalidade única embutida em todas as músicas, fazendo uma ser a continuação da outra, o disco foi 'moderado'.
Mas o interessante é que o disco despontou 15, 20 anos depois, foi quando as pessoas olharam pra traz e viram que o disco é realmente fantástico.
Pra mim, o que significa isso?
Maturação!
O ponto de maturação do disco demorou todo esse tempo pra acontecer, isto é, esse é um daqueles discos que a gente tem que ficar repetindo, se acostumando com a sonoridade, entendendo a concepção, pra só depois dizer se gosta ou não gosta.
Lógico que nesse caso, o fato das pessoas receberem melhor a "simplicidade musical" após uma década de excesso, contribuiu para Bright Size Life renascer.
Mas essa fase das pessoas não pode ser considerada uma maturação.
Mas essa fase das pessoas não pode ser considerada uma maturação.
Lógico que isso não tira o mérito de Pat, muito pelo contrário, o que ele fez foi literalmente arte atemporal.
Então vamos maturar nossos ouvidos com, na minha opinião, as melhores das melhores músicas do disco.
Abraço!
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